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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RESUMO DA HISTÓRIA CLÍNICA

Após imensas e exaustivas consultas, exames e opiniões, já em fase de desespero devido a dormência dos membros inferiores e especial "formigueiro" contínuo nos pés, o meu pai cedeu à 1ª cirurgia à coluna.
O neurocirurgião que convenceu e garantiu o sucesso desta cirurgia em cerca de 95% - Dr. Óscar - propôs-se executar esta operação dentro de uma semana, após a confirmação da decisão do meu pai. Escusado seria dizer, mas tal rapidez só se verifica sob “pagamento em dinheiro” à equipa médica, mais a quantia cobrada pelo Hospital da Ordem do Carmo (Porto), uma vez que “Não trabalho para o serviço público”.
Meu pai lá cedeu ás ditas condições e apostou tão suados seis mil e tal Euros + a sua esperança na cirurgia que aconteceu há cerca de um ano atrás (17/Março/2010).
Sucessivas consultas se sucederam à dita cirurgia, pois o meu pai nada sentiu de alívio na sua insistente dormência e dor, porém agora menos esperançado do que seis mil e tal Euros e algumas semanas antes.
O Dr. Óscar lá sentiu alguma compaixão pela situação do meu pai e pela sua carteira visivelmente pouco afortunada, e sugeriu operá-lo uma segunda vez, mas agora no Hospital Santo António -Porto (afinal já trabalha com o serviço público).
Após vários exames adicionais e um Verão desesperado, lá vou eu com o meu querido pai super ansioso, porém esperançado para esta 2ª cirurgia em 18/Outubro/2010.
Se o resultado desta 2ª cirurgia fosse satisfatório, era muito improvável que eu estivesse a redigir estas palavras neste momento, mas infelizmente o meu pai está agora PIOR do que antes.
Os exames requeridos pelo cirurgião (Sr. Dr. Óscar), revelam a execução da sua proposta - aliviar zonas de potencial aperto de nervos entre as vértebras lombares L4 e L5, apesar da condição de notável desgaste das mesmas – o trabalho tinha sido bem feito, porém o Sr. Mendes agora NÂO consegue sequer aguentar-se sentado durante o tempo de um almoço rápido. Andar de carro passou a ser sentado de lado e por pouco tempo. Caminhar passou a ser com o auxílio de canadianas. O seu estado de ansiedade causa-lhe agora outro tipo de problemas digestivos, insónias e psicológicos. As deslocações de Oliveira de Azeméis para o Porto (consultas, exames, etc,…), passaram agora a ser em maca, numa ambulância comparticipada pelo nosso serviço de saúde.
Antes da última consulta que aconteceu na semana passada – dia 24/Fev/2011 – eu pesquisei imensos sites, fóruns, blogs,…nacionais e estrangeiros,  sobre casos semelhantes e possíveis testemunhos de pessoas envolvidas, fossem pacientes ou profissionais (cirurgiões, fisioterapeutas, …), no intuito de aproveitar a consulta com o nosso médico ao máximo.
No geral, os testemunhos recolhidos convergem no sentido de, evitando a cirurgia, tentar sempre terapias de RECONSTITUIÇÃO MUSCULAR das zonas lombares e dos membros inferiores, complementadas com TERAPIAS DE DESCOMPRESSÃO da coluna, focalizado nas vértebras que causam esta compressão nos nervos mencionados, devidamente recomendados e acompanhados pelos profissionais envolvidos.
Acreditando neste conjunto de sugestões, não como solução para o problema, mas sim para REDUZIR SIGNIFICATIVAMENTE AS DORES sistemáticas, questionei o nosso médico (Dr. Óscar) sobre a aplicação destas terapias, o qual não lhes deu grande importância, não compreendi se por ignorância da existência das mesmas em Portugal, se pelo meu eventual fraco desempenho na explicação das mesmas, se por conhecimento profissional superior, ou a combinação de todas estas razões.
A única alternativa que o nosso Dr. Óscar vê como "possível solução, embora de algum risco”, passa por mais uma cirurgia.
Esta nova proposta (3ª cirurgia), visa agora “amarrar” as vértebras próximas às L4/L5, aparafusando uma estrutura metálica semi-flexível que evite o deslocamento das ditas vértebras que, em compressão se movem e comprimem o canal (medula) e nervos, causadores da dita dormência e dores.
Sendo esta uma cirurgia “de risco” (para o paciente, claro), e após duas tentativas fracassadas, o meu pai surpreende-me com a seguinte pergunta directamente ao Dr. Óscar:
-“ O Sr. Dr. administraria esta cirurgia ao seu próprio pai, nas exactas mesmas condições em que me encontro?”
O Sr. Dr. respondeu “em redor”, mas o certo é que não disse o “SIM” que até poderia ter esperançado o meu pai, e eventualmente tê-lo motivado ou feito arriscar mais uma vez nas suas mãos. Nesta altura até eu compreendo as suas dúvidas e o receio de garantias de 95% ou mesmo 20%.
Fornecendo-nos cópias de duas das secções do último exame feito (ver 2 fotos anexas) e que melhor ilustram a situação actual, o Sr. Dr. aconselhou-nos a colher outras opiniões e avisá-lo caso optemos pela sua sugestão da 3ª cirurgia. E assim, uma vez mais deixámos o seu gabinete  de atendimento público, em que cada consulta é quase cronometrada, permitindo-lhe assim chamar o próximo paciente.
Tentei explicar o ponto da situação à restante família no almoço familiar do Domingo de ontem, e principalmente ao meu pai que, além de não compreender o estado médico da sua própria situação e não saber o que fazer nem a quem seguir para minorar o seu sofrimento, não tem a calma suficiente para ouvir uma destas soluções. Acima de tudo ainda não compreendeu que ninguém é responsável pela sua situação inicial, nem ninguém o conseguirá ajudar melhor do ele próprio. Eu, impotente para o fazer ouvir-me ou transmitir alguma esperança, resolvi procurar ajuda começando pela divulgação do seu caso neste blogue.
Neste momento não sei onde vou chegar com esta iniciativa, mas espero ajudar o meu pai que amo, e outras pessoas que estejam em situação física e psicologicamente semelhante.
Deixo aqui o meu apelo aos visitantes que possam de alguma forma colaborar nesta tarefa que agora começa. Bem hajam!


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